Estou bem preocupada com a reação de algumas pessoas conhecidas, que apoiaram incondicionalmente a Marina Silva, e que agora repudiam, com todas as forças, a candidata Dilma Roussef.
Temos aqui em São Paulo, talvez de uma maneira mais marcante que em outras cidades, uma necessidade muito forte de segregação, onde a classe média, que se coloca em um patamar elitizado em relação ao “povão”, faz questão absoluta de ir contra o favorecimento dessa classe.
Até onde eu me lembre, não eram esses os princípios da Marina Silva, que também veio de uma classe social desprivilegiada, e que, certamente, tem muito mais em comum com os princípios do PT do que com o PSDB, não faz sentido isso?
Estou falando de desenvolvimento sustentável, político, sim, por que não? Onde alguns princípios éticos e morais são fundamentais para que todo o conjunto funcione e onde esse ódio, direcionado ao PT, pelo simples fato do partido atingir diretamente a massa, incomoda demasiadamente a suposta elite paulistana.
Preconceito incondicional. Esse sentimento está enraizado na gente, aprendemos desde cedo que somos superiores ao povo, como se não fizéssemos igualmente parte de um sistema deteriorado e capenga. A verdade é que temos a inexplicável necessidade de nos diferenciarmos da massa, só que direcionar esse sentimento de desdém contra um partido e a favor de outro, que caminha em oposição a tudo aquilo de positivo que foi disseminado na campanha da Marina, não faz nenhum sentido para mim.
Pensem com um pouco mais de discernimento antes de vestir a camisa contra, pois de repente ir contra, pelo simples fato de seguir um instinto de repúdio, pode ser uma atitude totalmente incoerente para aqueles que supostamente entenderam a mensagem inovadora de uma candidata que assumiu, pela primeira vez, princípios sustentáveis em uma atuação política.
Karla, acho q vc tem toda a razão. Eu tenho meu posicionamento e ele nao vai mudar seja qual for a escolha da Marina.
Mas acredito que ela não tem q escolher, acho q ela tem q ficar neutra, afinal ela é terceira via e nao tem pq fazer uma escolha agora. Ela mesma diz q as 2 candidaturas são muito parecidas e nao vejo pq tenha q perpetuar a velha dicotomia direita e esquerda nesse momento. Acho q ficar neutra nesse momento ela tenha menos a perder e argumentos mais sólidos para isso. creio que ficando neutra ela não sofrerá uma contradição aos seus princípios.
Parabéns pelo post.
Concordo, MUITA gente justifica o seu voto baseando-se apenas em preconceitos.
Pergunto: Isso é ter maturidade política?
Olá Claudia,
Também sou da opinião que não tomar partido seria a postura mais sensata dela, até porque não creio que quem tenha convição na Marina, irá mudar de opinião por seu apoio nesse momento.
Na verdade nem quis ser contra ou a favor do PT nisso que escrevi, apenas alertar as pessoas que automaticamente assumem uma postura contra, sem ao menos pensar nos princípios sustentáveis de tudo o que foi passado durante a sua campanha!
Obrigada e até mais,
Karla.
Obrigada pelos comentários, Lise.
Quis passar um pouco do meu sentimento de preocupação em relação a esse repúdio automático que somos tão condicionados a ter, mas que nada têm a ver com os princípios sustentáveis de atuação política propostos.
Até mais,
Karla.