G8 e o aquecimento global

g8Começou ontem, em L´Aquila, na Itália, a reunião do G8 (formado por Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão) e onde um dos temas discutidos é o aquecimento global.
As metas definidas pelo Protocolo de Kyoto já foram alcançadas por Alemanha, Reino Unido e França, mas os resultados obtidos e as medidas planejadas a longo prazo não são suficiente para manter o aquecimento global abaixo dos 2ºC.

Confira um resumo da análise para os países do G8, seguindo a ordem deles no ranking do relatório:

  • Alemanha: As metas definidas em Kyoto foram alcançadas, ainda que para isso tenha contribuído o desmantelamento da indústria da antiga Alemanha Oriental. Pontos positivos são, principalmente, o uso cada vez maior de energias renováveis e a meta de reduzir as emissões de CO2 em 40% até 2020. A Alemanha, porém, tem desempenhado cada vez menos um papel de liderança no contexto internacional;
  • Reino Unido: As metas definidas em Kyoto também foram alcançadas e há o comprometimento de reduzir as emissões de CO2 em 80% até 2050. Ponto positivo é a substituição do carvão pelo gás na geração de energia. O país apresenta, porém, piora no uso de energias renováveis;
  • França: Os baixos níveis de emissão de gases estufa são obtidos principalmente pelo amplo uso de energia nuclear, o que é criticado pelo WWF. As emissões de CO2 também diminuem em ritmo lento;
  • Itália: Os níveis per capita de emissão de CO2 são baixos devido à estrutura econômica do país. Mas as emissões estão subindo e estão muito acima dos níveis estipulados em Kyoto. Falta para o país uma política climática eficaz;
  • Japão: Os baixos níveis de emissões de gases estufa são obtidos principalmente por meio do alto grau de eficiência da indústria, além do uso de energia nuclear. Ainda assim, as emissões de CO2 estão acima dos níveis de 1990 e, dessa forma, muito além dos limites definidos em Kyoto. As metas de redução de emissões para 2020 são insuficientes;
  • Rússia: Os níveis de emissões relativamente baixos em comparação a 1990 estão relacionados com a reestruturação da indústria no início dos anos 1990. As emissões de CO2 sobem continuamente desde 1999 e pouco é feito contra isso;
  • Estados Unidos: As emissões per capita de CO2 são maiores do que em qualquer outro país do G8 e continuam subindo. Mas, após anos de marasmo, o novo governo está finalmente adotando esforços em favor da proteção do clima;
  • Canadá: As emissões de CO2 sobem continuamente e estão muito acima da meta de Kyoto. Não há objetivos apropriadas de proteção climática.

Países emergentes:

Apesar de não terem metas obrigatórias estipuladas no Protocolo de Kyoto, segue a situação atual dos cinco países emergentes:

A África do Sul pretende reduzir em 30% suas emissões até 2050, e o México, em 50%. China e Índia são elogiadas por investir fortemente em energias renováveis e, segundo o relatório, possuem metas ambiciosas para elevar a eficiência energética. Ainda assim, nos dois países asiáticos as emissões crescem em ritmo acelerado, diz o documento.

O Brasil é elogiado por seu engajamento no combate ao desmatamento, principal fonte de emissões de gases do efeito estufa no país.
Só acho que estamos no grupo errado, já que estamos trabalhando para combater a nossa principal contribuição para o aquecimento global, que é o desmatamento da Amazônia. Diferentemente da Índia e China, aos quais somos comparados por estarmos no mesmo grupo, pois esses países precisam atrasar seu desenvolvimento econômico para grandes investimentos no combate às emissões de poluentes, já que ambos têm o carvão como principal combustível.

Como participar:

Quer fazer alguma coisa para ajudar? É só participar do abaixo-assinado do Greenpeace que será enviado aos governos dos países do G8 para persuadi-los com a questão do aquecimento global no encontro.

Fonte: Deutsche Welle