Energia solar para a avó de Obama

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Adivinhem só quais países serão os mais afetados com as consequências do aquecimento global?
Claro que os mais pobres, muitos países da África, por exemplo, já sofrem com a redução das chuvas, que agrava problemas com a agricultura e inviabiliza o desempenho das hidrelétricas em larga escala.

Para ter uma ideia dessa situação de codependência, os países ricos terão que pagar, ao menos, 140 bilhões de dólares por ano para que as nações menos desenvolvidas ajudem a evitar o aquecimento global, preservem suas florestas e se adaptem às consequências das mudanças climáticas que já são inevitáveis.

Faltando apenas 15 semanas para a Conferência do Clima em Copenhague, o Greenpeace, através do Programa Geração Solar, comandou uma ação com jovens da comunidade de Nyang’oma Kogelo e do Programa da Juventude da Comunidade de Kibera, no Quênia.

A ideia foi chamar a atenção para o fato de que a energia solar pode chegar até os lugares mais distantes e com isso conscientizar essas comunidades, e o resto do mundo, sobre a importância das energias renováveis no combate às mudanças climáticas.

O mesmo grupo de jovens se reuniu para instalar painéis solares na escola Senador Barack Obama e na casa da avó do presidente americano, mãe do pai dele, Mama Sarah, que vive na região.

painel solar instalado para avó de obama l imagem: greenpeace
painel solar instalado para avó de obama l imagem: greenpeace

“Eu estou muito lisonjeada com as melhorias da minha casa graças à energia solar. Vou garantir que meu neto fique sabendo disso. Nós também qualificamos os jovens na vila que podem ajudar na manutenção dos sistemas solares”, disse Mama Sarah.

Os jovens também estão aprendendo como os painéis solares geram eletricidade, sua instalação, manutenção e montagem de lâmpadas solares.

Sobre o Programa

O Programa Geração Solar é uma iniciativa do Greenpeace que estimula a criação de consciência pública sobre as mudanças climáticas e promove as energias renováveis através da implementação de projetos em vários lugares do planeta.

Ele teve início em 2003 e agrega jovens ativistas ambientais, entre 14 e 25 anos, no Egito, Fiji, França, Alemanha, Indonésia, Filipinas, Polônia, Espanha, Suíça, Tailândia e Turquia, atuando também com parceiros na África, América do Sul e Ásia.

Sobre a energia solar

Além de terem baixo impacto ambiental e serem fundamentais para o combate ao aquecimento global, as energias renováveis têm um forte apelo econômico.

O custo do kWh gerado nos painéis ainda é superior aos custos da energia das hidrelétricas e mesmo das termelétricas, mas deve se igualar ao custo médio da energia fornecida à rede nos próximos cinco anos.
Sem impedimentos técnicos ou econômicos, os desafios para que a energia solar emplaque no mundo devem mirar a derrubada das barreiras políticas.

No Brasil o caminho é mais longo, mas as barreiras políticas já estão sendo quebradas.
A energia solar ainda é cara e não recebe subsídios do governo, mas as discussões sobre o incentivo às energias renováveis estão avançando.

Uma legislação consistente para o setor está tramitando no Congresso Nacional e prestes a ser votada.
O Projeto de Lei 630 prevê incentivos ao desenvolvimento das energias renováveis como o direito de distribuir e vender energia gerada por turbinas de vento, biomassa ou placas solares à rede ou em comunidades isoladas e a restrição a participação das termelétricas nos leilões de energia.

As energias limpas seriam uma maneira de conter o avanço das mudanças climáticas e seus impactos.
Apesar de os custos da energia solar ainda serem mais altos, os mesmos devem ser reduzidos em até cinco anos.
Hoje, a demanda por esse tipo de energia renovável cresce 30% ao ano.

Fonte: Greenpeace