Novas normas para as reformas

Que o trabalho do profissional arquiteto é pouco valorizado em nosso país, isso já sabemos, e muito dessa realidade se dá por conta da grande oferta de mão de obra barata que, “teoricamente”, consegue executar uma obra de reforma por conta própria. Digo isso porque, na prática, o cliente acaba tendo muitos problemas causados por falta de planejamento e por uma assessoria desqualificada.

Muitas intercorrências podem acontecer durante a execução dos serviços que demandem a presença de um engenheiro, por exemplo, mas as reformas feitas com o aval dos empreiteiros que fazem tudo, do começo ao fim, estão com os dias contados.

 

reforma de loja no bairro de santana, em são paulo | imagem: arquivo pessoal

Entra em vigor, a partir de 18/04/2014, a NBR 16.280, nova norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que regulamenta todos os procedimentos que deverão ser adotados para garantir a segurança de obras realizadas no interior de imóveis.

Agora, dependendo do grau de complexidade da intervenção, o síndico pode exigir uma ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), emitida por um engenheiro ou uma RRT (Registro de Responsabilidade Técnica), emito pelo profissional arquiteto.

Os documentos são necessários para procedimentos que envolvam abertura ou remoção de paredes, uso de ferramentas de alto impacto e até para a instalação de itens industrializados com características diferentes das originais. Qualquer alteração no sistema elétrico ou de gás também deverá passar por uma avaliação técnica prévia.

Claro que em reformas sem a contratação profissional, o valor acaba sendo mais baixo num primeiro momento, mas o barato pode sair muito caro, isso porque problemas como atraso na entrega e desperdício de materiais, por exemplo, são comuns e trazem custos inesperados, isso sem mencionar a segurança.

Confira o que já foi postado no blog sobre reformas.