Estacionamento para bikes em São Paulo

Uma notícia bacana, tanto aos profissionais arquitetos como aos ciclistas de plantão, é que todos os prédios da cidade de São Paulo terão que oferecer estacionamento para bicicletas.

Um decreto publicado no dia 28/05/2013, pelo prefeito Fernando Haddad, estabelece que toda edificação nova ou que for reformada na cidade deverá dispor de vagas para guardá-las.

Normas

Segundo a nova regra, o espaço mínimo para o acondicionamento das bikes é de 1,80 m de comprimento por 2,00 m de altura e os suportes deverão estar a no mínimo 75 cm de distância uns  dos outros.

Além das dimensões, o decreto também especifica características como localização e acessibilidade.
As vagas para bicicletas precisam ficar isoladas das áreas destinadas a carros e motos, além de ser instaladas no piso mais próximo do logradouro público, para facilitar o deslocamento dos ciclistas até o ponto de parada.

As únicas edificações dispensadas de obedecer à nova obrigação são as que não têm estacionamento e estão em ruas onde é proibido o tráfego de bicicletas.
A prefeitura informou que a emissão do alvará de aprovação e execução da obra fica vinculado ao cumprimento desta determinação.

Na Holanda

Quando estive na Holanda, em 2012, pude ver de perto que o tráfego de bikes não é essa maravilha toda que muitos pensam, ninguém usa capacete e o pedestre precisa ter muito cuidado para não ser atropelado pelos ciclistas.

E quanto ao estacionamento, além dos vários suportes de piso espalhados pelas cidades, todos os lugares são liberados para prender as bicicletas (sempre com cadeados, porque também são roubadas por lá), confira algumas imagens:

bicicleta infantil presa na frente de uma residência | imagem: arquivo pessoal
bicicleta infantil presa com cadeado na frente de uma residência em arnhem| imagem: arquivo pessoal
bike decorativa em frente à loja de queijos | imagem: arquivo pessoal
bike decorativa em frente à uma loja de queijos | imagem: arquivo pessoal
estacionamento público de bicicletas em amsterdã | imagem: arquivo pessoal

 

 

bicicletas de madeira presas às grades de um edifício comercial | imagem: arquivo pessoal

 

Apesar do importante incentivo ao uso da bicicleta e ao respeito aos usuários que precisam estacioná-las (e que dificilmente encontram um lugar apropriado), muitas pessoas reclamam de alguns pontos da nova lei.

O primeiro é que o número de vagas para as bicicletas está vinculado à quantidade vagas existentes de estacionamento de veículos. No caso dos estacionamentos privativos com até cem vagas, o percentual reservado para bikes é de 10%, entretanto, nas garagens com mais de 100 vagas, essa taxa cai para 5%.
O mais correto seria vincular o tamanho do bicicletário ao número de apartamentos ou salas e também à área construída do imóvel.

O outro ponto trata sobre os tipos de suportes que serão usados, pois vários modelos (como os ganchos tipo de açougue) acabam danificando as rodas das bikes.
Seria importante regulamentar esses padrões ou até mesmo estimular novos modelos através de concursos públicos, onde arquitetos e designers poderiam criar peças funcionais e esteticamente interessantes.

Confira aqui, na íntegra, o Decreto Nº. 53.942, de 28 de maio de 2013.

Fonte: Prefeitura de São Paulo