Tombamento do acervo de Burle Marx

A prefeitura do Rio vai tombar o conjunto de obras que o paisagista Roberto Burle Marx legou à cidade, totalizando 88 jardins.
Junto com o tombamento, será criado um fundo para manutenção desse acervo.

Infelizmente, muitos desses jardins não estão abertos a visitação por serem em imóveis privados, como o da casa de Roberto Marinho, localizado no Cosme Velho, zona sul do Rio.
Mas isso acontece também aqui em São Paulo. Em 2004, quando trabalhei na construção de alguns estandes para o Banco Safra, tive oportunidade, durante as reuniões que tivemos na sede do banco (na Av. Paulista) de ver de perto o maravilhoso jardim suspenso que Burle Marx projetou em 1983.

burle marx l imagem: farrell grehan/corbis/latin stock
burle marx l imagem: farrell grehan/corbis/latin stock

Além de paisagista, Burle Marx foi também desenhista, pintor, tapeceiro, ceramista, escultor, pesquisador, cantor e designer de jóias.
Como paisagista, foi o autor de alguns dos endereços mais divulgados do Brasil, como o Calçadão de Copacabana e o Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, o Conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte, o Eixo Monumental, em Brasília, entre outros.

Apelidado por Tarsila do Amaral como “poeta dos jardins”, Burle Marx, que chegou a ser assistente de Cândido Portinari, deixou sua marca como pintor em retratos, naturezas-mortas e paisagens, onde é impossível deixar de notar a sua marca, no colorido que tanto o ligou à natureza.

Comemorando o centenário de seu nascimento, vou escrever mais sobre Burle Marx aqui no blog.
Sua obra é tão intensa e inovadora que fica difícil resumir o que ele representa em apenas um post!