Pousada sustentável em Aiuruoca – 01

Voltamos ontem de uma rápida viagem à Aiuruoca – MG, onde fomos acompanhar o início das obras do nosso projeto de uma pousada.

O projeto segue os princípios da arquitetura sustentável, onde serão incorporados vários diferenciais, respeitando sempre o entorno onde a construção será implantada.

O terreno faz parte de uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) e por essa razão priorizamos interferir o mínimo possível na área de implantação e integrar o projeto à incrível natureza existente.

implantação da pousada no meio do verde e junto ao rio aiuruoca

A pousada, ainda sem nome definido, será composta pela casa principal (em obras), onde estarão as áreas de recepção, cozinha, restaurante, estar e adega subterrânea, além da residência da proprietária no andar superior.

Em duas próximas etapas serão construídos os chalés, sendo dois deles adaptados com total acessibilidade, e um centro de meditação, onde também acontecerão eventos diferenciados para os cuidados com a mente e o corpo.

O paisagismo seguirá a linha funcional, onde alimentos e ervas serão plantados para o consumo da pousada, que terá uma alimentação diferenciada e orgânica para seus hóspedes.

Quanto aos materiais, optamos por valorizar ao máximo a iluminação e ventilação natural, onde os painéis em vidro desempenharão um importante papel.
A estrutura já está pronta e é toda em madeira certificada, e utillizaremos na vedação os tijolos de barro artesanal, existentes em ambundância na região.

A região encontra-se bem afastada de centros urbanos, e por essa razão, resolvemos usar ao máximo os materiais locais, evitando assim a “importação” e transportes desnecessários à obra.

Confira algumas imagens:

estrutura em madeira angelim vermelho
vista a partir do andar superior
praínha particular às margens do rio aiuruoca
equipe responsável

Sobre Aiuruoca

Nome de origem tupi, que significa casa dos papagaios, tem sua origem em princípios do século XVIII, quando um paulista de Taubaté, João Siqueira Afonso, atravessou a Serra da Mantiqueira, descobriu as minas de Sumidouro e Guarapiranga e, impulsionado pela ambição, seguiu até a Serra dos Papagaios.

Nessa serra, o paulista fundou, por volta de 1706, o arraial de Aiuruoca, junto às minas de mesmo nome, atraindo exploradores portugueses e paulistas. Com o seu território desmembrado de Baependi, a Vila de Aiuruoca foi instalada e em 1868, passou à categoria de cidade.

Quando o ouro se esgotou, o povoado, que se fixou na região, começou a se dedicar à criação de gado leiteiro e à agricultura. A criação de gado transformou a Aiuruoca de hoje em um dos grandes produtores de laticínios em MG, sendo, inclusive, um grande exportador de queijos.

A cidade é a porta de entrada para o Vale do Matutu, reserva natural de 30 km² que concentra boa parte das belezas naturais da região. Dá até para dizer que a cidade é dividida em duas, de um lado, o pacato Centro, com uma igrejinha e a praça principal, e do outro, o imenso Matutu.
No alto do Vale, a 17 km (de terra) do Centro, fica o casarão-sede da reserva, ponto de informações sobre o local. Entre novembro e março, por causa da chuva, o acesso às atrações e a algumas pousadas fica difícil.

Fonte: Secretaria de Turismo de Minas Gerais e viajeaqui

A pousada é um projeto da Item 6 Arquitetura e Sustentabilidade e conforme o andamento das obras, iremos atualizando vocês sobre as novidades do projeto.